segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Set Ufam/Cine Set elege o Melhor Filme de 2012

 
EQUIPE CINE SET - MELHOR FILME DE 2012

1 – A Separação - 93 pontos
2 - O Artista - 48 pontos
3 - Xingu - 33 pontos
4 - Precisamos Falar Sobre Kevin - 28 pontos
5 - 007 - Operação Skyfall - 24 pontos
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Caio Pimenta

1 - O Artista
2 - A Separação
3 - Precisamos Falar Sobre Kevin
4 - 007 - Operação Skyfall
5 - Heleno
6 - Os Intocáveis
7 - Xingu
8 - Os Descendentes
9 - O Impossível
10 - Moonrise Kingdom

Comentário

Críticos de cinema também se utilizam de clichês. O maior de todos é reclamar da safra de filmes do ano que termina. 2012, porém, pode fazer com que os profissionais da área consigam fugir do batido assunto.

A lista acima comprova o ótimo ano que tivemos nos cinemas. Se não chegou a ser maravilhoso, também passou longe de desastre. Para melhorar, tivemos ótimos longas de várias partes do mundo. Só no meu TOP 10, tem dois brasileiros, um francês e um iraniano.

O pódio é nada mais do que justo para as três produções mais impactantes do ano. Em seguida, a minha felicidade em ver James Bond de volta ao topo após um "Quantum of Solace" morno. Para encerrar,  temos Wes Anderson voltando à velha de filmes como "Três é Demais" e "Tenenbaums".

Ainda tive que deixar de fora tantos ótimos filmes que vale a homenagem aqui: "Millenium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", "As Aventuras de Tintim - O Segredo do Licorne", "A Invenção de Hugo Cabret", "Drive", "Jogos Vorazes", "Os Vingadores", "MIB 3", "Habemus Papam", "À Beira do Caminho", "Um Divã Para Dois", "Shame", "Cosmópolis", "Procura-Se um Amigo Para o Fim do Mundo", "Ted", "Looper", "Magic Mike", "A Música Segundo Tom Jobim", "Os Infratores", "As Aventuras de Pi", "Pina" e "Holy Motors" (em negrito, os melhores).

Tchau, 2012!

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César Nogueira

1 - A Separação
2 - Um Alguém Apaixonado
3 - O Artista
4 - Xingu
5 - Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge
6 - Na Estrada
7 - Millenium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
8 - À Beira do Caminho
9 - O Riso dos Outros
10 - Intocáveis

Comentário

 
Tivemos a felicidade de ter uma boa safra de filmes este ano. O Irã, vedete do cinema dos anos 90, mostrou, em 2012, o espetáculo que é sua produção em "A Separação" e "Um Alguém Apaixonado". Este pode ser ambientado no Japão e feito com dinheiro francês, mas sua essência vem do diretor, Abbas Kiarostami. Os dois filmes são igualmente belos, profundos e apaixonantes. O vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano ficou em primeiro porque é mais acessível e tem mais prêmios (por enquanto) na bagagem.

 
"O Artista" veio em uma hora de crise de identidade para o cinema. Por reforçar a beleza e "magia" da arte com atuações firmes de Jean Dujardin, Bérénice Bejo e do cachorrinho Uggie, ele merece todo o reconhecimento adquirido.

 
Pode-se contestar com tranquilidade a afirmação de que "Xingu" é o melhor filme nacional do ano. Mesmo assim, o filme de Cao Hamburger representa o nosso cinema na minha parte da lista por resgatar um capitulo importante da nossa história com um grande nível de produção e de narrativa. Sem esquecer, claro, a atuação de João Miguel.

 
"O Cavaleiro das Trevas Ressurge" foi, para mim, o melhor filme de superherois do ano. Isso porque, além das suas qualidades na direção, ele encerra com dignidade uma trilogia que ressuscitou o Homem Morcego.
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Diego Bauer

1 – A Separação
2 – As Aventuras de Pi
3 – Holy Motors
4 – Precisamos Falar Sobre o Kevin
5 – Tão Forte e Tão Perto
6 – O Hobbit – Uma Jornada Inesperada
7 - A Invenção de Hugo Cabret
8 – Na Estrada
9 – Deus da Carnificina
10 – Millennium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Comentário

 
A Separação, de Asghar Farhadi é a prova de que filmes não precisam ser mirabolantes se quiserem ser grandiosos. Um roteiro muito bem escrito, com ótimas interpretações e uma direção não menos que brilhante garantem um resultado memorável, como é o filme iraniano. Um trabalho fora de série, e o melhor filme do ano.

 
Pena que só pude ver As Aventuras de Pi muito recentemente, pois seria obrigatória a inclusão de Ang Lee na lista de melhores diretores. O filme, além de ser o mais visualmente belo do ano, é sensível, profundo, tem uma excelente história, e só melhora no seu decorrer e depois da sua projeção. Brilhante.

 
Leos Carax desconstroi a linha narrativa da sua história, nos tira o chão quando tentamos estabelecer um sentido para o que vemos, e ainda faz uma crítica ao cinema de hoje. Holy Motors é isso, mais uma atuação fenomenal de Denis Lavant, e mais uma série de fatores que não conseguiria colocar em poucas palavras.

 
Um filme amargo, duro, desagradável. Precisamos Falar Sobre o Kevin além disso é corajoso ao colocar em voga a questão do amor de mãe, e questionar a natureza das pessoas. Ainda por cima conta com atuações excelentes de Tilda Swinton e Ezra Miller.

 
Confesso que não entendi o motivo de Tão Forte e Tão Perto ter sido tão malhado no seu lançamento, quando era falado que ele era um filme manipulador, e que queria obrigar as pessoas a chorar. Discordo completamente. O trabalho de Stephen Daldry é muito bem conduzido, e conta uma história sensível, cheia de ricos detalhes, que fazem com que as lágrimas venham de maneira completamente orgânica e verdadeira. Com certeza um dos melhores do ano.

 
Não podia esquecer do filme mais divertido da série O Senhor dos Anéis, O Hobbit; o invejável apuro técnico de Martin Scorsese em A Invenção de Hugo Cabret; a poesia e libertadora atmosfera brilhantemente conduzida por Walter Salles em Na Estrada; o delicioso sarcasmo, muito bem conduzido pelo mestre Roman Polanski e o seu excepcional elenco em Deus da Carnificina; e a admirável capacidade de David Fincher em contar boas histórias, e desenvolver com precisão ótimos personagens em Millennium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres.

 
Graças a um acordo que fizemos, concordamos em deixar de fora da lista filmes que vimos no Amazonas Film Festival. Mas vale a pena falar sobre longas como Compliance, Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, The Angels Share e The Other Son, que poderiam tranquilamente estar na lista. Também preciso citar o documentário O Riso dos Outros, um belíssimo trabalho que discute o polêmico assunto dos limites do humor.
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Renildo Rodrigues

1 – A Separação
2 – Drive
3 – Xingu
4 – 007 – Operação Skyfall
5 – Jovens Adultos
6 – O Artista
7 – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge
8 – A Invenção de Hugo Cabret
9 – Paraísos Artificiais
10 – Precisamos Falar sobre o Kevin

Comentário

Enfim! A lista que todos nós aqui no Cine Set estávamos ansiosos para escrever! E é com grande satisfação que, para fazê-la, reuni filmes dos mais diversos gêneros e nacionalidades.

 
Sim, o ano do cinema foi bastante rico em 2012. Começou com os habituais candidatos ao Oscar, dentre os quais o belo Os Descendentes e o eletrizante Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Deles, os mais bem-sucedidos foram mesmo O Artista – a surpresa do ano, com sua encantadora recriação do cinema mudo, em preto-e-branco e ambientada no auge do gênero, os anos 1920 – e A Separação, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Merecidíssimo – mas não só isso.

 
A Separação é o melhor filme de 2012. Com sua trama ao mesmo tempo simples e complexa, repleta de detalhes que instigam segundas, terceiras e ainda outras tantas olhadas, a obra do iraniano Asghar Farhadi compõe um retrato pungente de problemas que, mesmo em culturas aparentemente tão alheias à nossa, ainda continuam perenes e universais.

 
No Brasil, o destaque foi Xingu, a brilhante versão do diretor Cao Hamburger para a aventura dos irmãos Villas-Bôas, pioneiros na exploração do meio-oeste brasileiro na década de 1950. Abordando questões que continuam importantes até hoje – como, por exemplo, a forma que o brasileiro vê e trata seu país e seus habitantes originais, os índios – Xingu alia à reflexão uma grande fluência e senso de entretenimento. É vergonhoso – e talvez sintomático – que o público brasileiro tenha ignorado a obra.
Outro trabalho que fez de 2012 um ótimo ano para o nosso cinema é Paraísos Artificiais. História de amor das mais originais e interessantes, o filme de Marcos Prado examina a busca da juventude por prazer e conhecimento – mesmo que esta se dê por vias perigosas e ilegais.

 
O cinema americano acabou tendo forte presença em minha lista, não só por causa de sua produtividade e penetração, mas também pelo grande momento que os filmes de ação experimentam no país. Três exemplos – o extraordinário Drive, do dinamarquês Nicolas Winding Refn, filme que resgata os heróis misteriosos e brutais celebrizados por John Wayne e Clint Eastwood; 007 – Operação Skyfall, que funciona como um novo começo para a franquia do agente mais famoso do cinema, trazendo também o seu vilão mais memorável; e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o encerramento digno da trilogia de Christopher Nolan, uma das mais ambiciosas e intrigantes do cinema recente.

 
Também houve espaço para a homenagem do veterano Martin Scorsese ao cinema (A Invenção de Hugo Cabret) – poucas coisas são mais emocionantes para um cinéfilo do que ver títulos esquecidos como O Grande Assalto ao Trem e Viagem à Lua na tela grande; Precisamos Falar sobre o Kevin, brilhante estudo de personagem, que tem na interpretação de Tilda Swinton o seu ponto alto; e Jovens Adultos – o melhor filme que ninguém viu em 2012. Com a grande atuação de Charlize Theron conduzindo a história de uma mulher arrogante e imatura, o diretor Jason Reitman conseguiu igualar – se não superar – o nível obtido em Amor sem Escalas. Assim como aconteceu com Xingu, porém, o público não quis ver – o que pode ser mais do que mero desinteresse.

 

Mais filmes que merecem a lembrança: Cavalo de Guerra, homenagem sincera e abertamente sentimental de Steven Spielberg ao cinema clássico americano; O Espião que Sabia Demais, envolvente história de espiões sem socos ou tiros, com uma atuação extraordinária de Gary Oldman; o comovente Histórias Cruzadas, com outra atuação magistral, dessa vez de Viola Davis; J. Edgar e A Dama de Ferro, duas cinebiografias frustrantes de grandes personagens do século passado (J. Edgar Hoover, o fundador e todo-poderoso do FBI; e Margaret Thatcher, a única primeira-ministra na história da Inglaterra), que valem pelas atuações de Leonardo DiCaprio e Meryl Streep; Shame, a melhor performance do melhor ator de 2012, Michael Fassbender; os filmes de super-heróis Os Vingadores e O Espetacular Homem-Aranha; o poético On the Road – Na Estrada, do brasileiro Walter Salles, e Febre do Rato, de Cláudio Assis. Há vários outros bons filmes, mas, com esses 22 que citei, dá pra conhecer um pouco do que de melhor foi feito em 2012.
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Como Funciona nosso Sistema Para o Resultado Final

Cada um dos quatro críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 10`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar - 8 pontos
7º lugar - 6 pontos
8º lugar - 4 pontos
9º lugar - 2 pontos
10º lugar - 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
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Veja as Outras Listas do Cine SET


Quarta-Feira (26/12) – Melhor Diretor

Quinta-Feira (27/12) – Melhor Atriz
Sexta-Feira (28/12) – Melhor Ator
Sábado (29/12) – Pior Filme
Domingo (30/12) – Melhor Cena
Segunda-Feira (31/12) – Melhor Filme

domingo, 30 de dezembro de 2012

Set Ufam/Cine Set elege a Melhor Cena do Cinema em 2012

AS MELHORES CENAS DO CINEMA EM 2012

 
1 – Apresentação do personagem de Javier Bardem – "007 - Operação Skyfall"
 
2 – Briga entre Patrão e Empregada – "A Separação"
 
3 – Dança Final – "O Artista"
 
4 – Sequência inicial – "Drive"
 
5 – Hulk ignorando a divindade de Loki - "Os Vingadores"
 
6 – Chuck Norris destruindo exército – "Os Mercenários 2"
 
7 – Estupro do orientador pela protagonista - "Millenium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres"
 
8 - Bad trip da personagem de Nathalia Dill – "Paraísos Artificiais"
 
9 – Bane x Batman – "Batman -O Cavaleiro das Trevas Ressurge"
 
10 – Cantor de ópera no chuveiro em pleno palco de teatro – "Para Roma, Com Amor"
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Próximas Listas do Cine SET


Quarta-Feira (26/12) – Melhor Diretor

Quinta-Feira (27/12) – Melhor Atriz
Sexta-Feira (28/12) – Melhor Ator
Sábado (29/12) – Pior Filme
Domingo (30/12) – Melhor Cena
Segunda-Feira (31/12) – Melhor Filme

sábado, 29 de dezembro de 2012

Set Ufam/Cine Set elege o Pior Filme de 2012

 
EQUIPE CINE SET - PIOR FILME DE 2012

1 - As Aventuras de Agamenon - O Repórter - 60 pontos
2 - Cada um tem a Gêmea que Merece - 43 pontos
3 - Totalmente Inocentes - 25 pontos
4 - Battleship – A Batalha dos Mares e Prometheus - 18 pontos
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Caio Pimenta

1 - As Aventuras de Agamenon - O Repórter
2 - Cada um tem a Gêmea que Merece
3 - Armadilha
4 - À Beira do Abismo
5 - Totalmente Inocentes

Comentário

Quando "apreciava" essas duas 'coisas' na dianteira da minha lista, uma pergunta me passou pela cabeça: será que, em algum mínimo momento, não passou pela cabeça dos produtores, atores, diretores e até mesmo do figurante em gritar “CACETE! NINGUÉM TÁ VENDO QUE NÃO TEM GRAÇA?! MEU FILHO, QUE DIÁLOGO É ESSE, RAPAZ? PIOR: QUE HISTÓRIA É ESSA, IRMÃO? TEM ALGUM ESQUEMA DE DESVIO DE VERBA NESTA PRODUÇÃO? SÓ ISSO EXPLICA PARA VOCÊS CONTINUAREM COM ESSE LIXO!”

Infelizmente, ninguém teve esse bom senso e todo mundo já sabe o resto.

"Armadilha" e "À Beira do Abismo" são daqueles filmes em que o roteirista deve ter uns cinco anos de idade para permitir tantos furos e situações inverossímeis em um só projeto. Sorte a deles que os donos do estúdio parecem ter três e o público que gosta, um ano.

"Totalmente Inocentes" simboliza bem o cinema nacional de com'edia: pegam um sujeito relativamente engraçado (aqui, Fábio Porchat), pensam em umas três ou quatro piadas e pronto: filme tá feito. Pra quê roteiro, né? E assim tivemos "E, Aí...Comeu?", " Billi Pig", "Reis e Ratos", " Os Penetras" e  “Até que A Sorte Nos Separe”.

Para fechar, outras bombas feitas neste ano: "Resident Evil 5 – A Retribuição", "Atividade Paranormal 4", "A Entidade", "Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiro, "O Vingador do Futuro", "O Que Esperar Quando Você Está Esperando", "Branca de Neve e o Caçador", "John Carter – Entre Dois Mundos" e "A Dama de Ferro" (nem a grande atuação de Meryl Streep salva).
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Diego Bauer

1 – As Aventuras de Agamenon, o Repórter
2 – Battleship – A Batalha dos Mares
3 – Totalmente Inocentes
4 – A Sombra do Inimigo
5 – Chernobyl

Comentário

Em algum comentário que fiz sobre algum texto do blog, deixei claro que acredito que a crítica não deve ter o poder de fazer com que as pessoas deixem de assistir a determinado filme, pois é importante ver filmes ruins, embora isso seja uma tarefa bastante frustrante na maioria das vezes. Mas para entender um Polanski, Bergman, Coppola, às vezes é necessário ter que assistir a um Bay, Berg, etc. Então este top se faz tão importante quantos os demais.

 
E neste ano temos um hours concours. Faltam-me palavras para definir o quanto Agamenon é desastroso. Um “roteiro” muito ruim, com um humor estacionado em algum lugar dos anos 80 e 90, completamente previsível e aborrecido. Uma “direção” que não sabe criar a menor conexão entre as cenas, e um protagonista que acha que interpretar é fazer careta. E poderia falar mais e mais. Pela primeira vez eu vi um filme ser tão desinteressante, tendo apenas uma hora e quinze. Demorou pra passar. Como nunca vi algo parecido antes.

 
Era uma tragédia anunciada, mas acabou saindo bem pior do que parecia. Battleship é uma espécie de Transformers piorado, e eu gostaria que vocês parassem para refletir sobre essas palavras, para se ter uma noção com o que estamos lidando. Apenas os efeitos visuais se salvam.

 
O cinema brasileiro melhorou muito na última década, e quem o acompanha sabe que isso já é uma realidade. Porém, muita coisa duvidosa ainda é produzida, principalmente no campo das comédias, e o melhor (pior) exemplar disso é o péssimo Totalmente Inocentes. Pena ver o talentoso Fábio Porchat metido nisso.

 
Por fim. temos uma pífia tentativa de se realizar um suspense de ação, e uma mais pífia ainda tentativa de terror. A Sombra Do Inimigo e Chernobyl se equivalem pelo fato não conseguirem realizar nada do que se propuseram, tornando-se tentativas extremamente mal sucedidas, errando em praticamente todas as escolhas que fizeram.

Importante dar uma menção desonrosa para alguns títulos, que só não entraram na lista pelo limite de filmes. Tenho que citar Rock Of Ages, Possessão e a incursão mal sucedida de Heitor Dhalia em Hollywood, 12 Horas. Completando a lista de filmes perdidos no ano, não assisti ao clássico de Adam Sandler, Cada Um Tem A Gêmea Que Merece, e sinto que isso é uma falha grave, pois algo me diz que a película tinha potencial para estar aqui na lista. Uma pena.

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Renildo Rodrigues

1 - Cada Um Tem a Gêmea que Merece
2 - Prometheus
3 - Alvin e os Esquilos 3
4 - Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros
5 - As Aventuras de Agamenon - O Repórter

Comentário

Escolher os melhores de 2012 foi fácil.

Afinal, foram vários os filmes bons, os atores e atrizes que descobrimos, as gratas surpresas - como, por exemplo, o novo fôlego da produção nacional.

A verdade, porém, é que, para cada vez que nos supreendemos, que um filme que vimos despertou admiração, houve muito mais vezes em que saímos frustrados. Para cada O Artista ou Drive, tome um Alvin e os Esquilos sabe-se-lá-qual, um Battleship – A Batalha dos Mares, um Quatro Amigas e um Casamento, um Adam-Sandler ou Nicolas-Cage da ocasião. Isso sem falar na absoluta inépcia das distribuidoras de cinema brasileiras, que, quando não deixaram Manaus decididamente de lado, trouxeram produções menos óbvias com meses de atraso. Por isso, foi uma tarefa muito mais árdua escolher os piores filmes de 2012

Optei por dois critérios: os filmes óbvia e esdruxulamente caça-níqueis - aqueles feitos com a intenção escancarada de tirar dinheiro do espectador; e os fracassados - aqueles que, apesar da seriedade e do currículo dos envolvidos, acabaram saindo a desgosto no plano artístico.

 
O representante máximo da primeira categoria é Cada Um Tem a Gêmea que Merece, do empulhador-mor Adam Sandler. Faz tempo que abandonei a boa vontade com mediocridades como Como Se Fosse a Primeira Vez, O Paizão ou Click. O comediante há muito faz filmes tão somente para satisfazer à sua própria conta bancária - e depende de você pra ele conseguir.

 
O da segunda é Prometheus - todos conhecemos o talento do diretor Ridley Scott, responsável por obras do calibre de Alien, Blade Runner e Gladiador.
Quando lembramos disso, e ainda vemos à nossa frente os excelentes Noomi Rapace e Michael Fassbender como protagonistas, o fraquíssimo resultado obtido por este filme fica ainda mais triste. Eu poderia citar dezenas de outros filmes, mas o ótimo post feito pelo parceiro de blog Caio Pimenta, sobre as bombas que poluíram os cinemas de Manaus em 2012, já faz isso por mim.

Vale, porém, ressaltar mais uma vez: As Aventuras de Agamenon, o Repórter é o pior filme brasileiro de 2012. Não lembra, nem de longe, o quanto já foi realmente engraçada - e criativa - a turma do Casseta & Planeta.

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Como Funciona nosso Sistema Para o Resultado Final

Cada um dos quatro críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 5`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!

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Próximas Listas do Cine SET

Quarta-Feira (26/12) – Melhor Diretor

Quinta-Feira (27/12) – Melhor Atriz
Sexta-Feira (28/12) – Melhor Ator
Sábado (29/12) – Pior Filme
Domingo (30/12) – Melhor Cena
Segunda-Feira (31/12) – Melhor Filme

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Set Ufam/Cine Set elege o Melhor Ator de 2012

 
EQUIPE CINE SET - MELHOR ATOR 2012

1 - Jean Dujardin, por "O Artista" - 65 pontos
2 - Joáo Miguel, por "Xingu" e "À Beira do Caminho" - 40 pontos
3 - Michael Fassbender, por "Shame", Um Método Perigoso" e "Prometheus" - 37 pontos
4 - Rodrigo Santoro, por "Heleno" - 36 pontos
5 - Ryan Gosling, por "Drive" - 30 pontos
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Caio Pimenta

1 - Jean Dujardin, por "O Artista"
2 - Rodrigo Santoro, por "Heleno"
3 - Gary Oldman, por "O Espião Que Sabia Demais"
4 - Michael Fassbender, por "Shame", Um Método Perigoso" e "Prometheus"
5 - João Miguel, por "Xingu" e "À Beira do Caminho"

Comentário

Desde que vi Santoro em "Heleno" sabia que iria crescer uma dúvida que duraria até este fim de ano: quem vence o prêmio de melhor ator? Ele ou Dujardin? Brasil x França? Resolvi dar uma de 'Zidane' e decidi pela atuação incrível do francês. A escolha se deve mais em relação a achar que "O Artista" é um pouco melhor que o longa do craque do Botafogo. Se for pelos dois em si, seria empate e não sou tão em cima do muro assim.

Já Gary Oldman tinha um terceiro lugar cativo, apesar de "O Espião..." não ser um dos melhores filmes da carreira dele. Porém, a cena da borboleta no carro mostra como um ator, sem realizar gesto algum, pode nos dar todas as camadas de um grande personagem.

Fassbender e Miguel estão na lista, não somente pelo talento, como também pelos trabalhos incríveis realizados em 2012. Ambos se consolidaram como destaques cinematográficos de seus respectivos países.

Por último, é claro, deixo outros ótimos trabalhos que marcaram 2012: George Clooney ("Os Descendentes"), Omar Sy ("Os Intocáveis"), Ryan Gosling ("Drive"), Demián Bichir ("Uma Vida Melhor") e Leonardo DiCaprio ("J.Edgar").

Entre a turma dos atores coadjuvantes, cito Tom Wilkinson ("O Exótico Hotel Marigold"), Andy Serkis ("O Hobbit"), Ezra Miller ("Precisamos Falar Sobre Kevin"), Albert Brooks ("Drive"), Matthew McConaughey ("Magic Mike"), Armie Hammer ("J.Edgar") e Michael Caine ("Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge"), além do cãozinho Uggie de "O Artista".

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César Nogueira

1 - Jean Dujardin, por "O Artista"
2 - Omar Sy, por "Os Intocáveis"
3 - Christian Bale, por "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge"
4 - João Miguel, por "Xingu" e "À Beira do Caminho"
5 - Peyman Moaadi, por "A Separação"

Comentário
 
Este ano não teve uma atuação masculina que se sobressaísse muito às demais. Não tivemos um Coringa de Heath Ledger. Mesmo assim, o nível dos trabalhos foi alto. Peyman Moaadi impressiona com o patriarca Nader, de A Separação. O ator realmente deu vida aos extremos de emoções que o papel exige.

 
João Miguel e Christian Bale merecem destaque por terem feito com competência duas atuações neste ano. O brasileiro nos brindou com seu talento em Xingu e À Beira do Caminho; o galês, com Flores do Oriente e O Cavaleiro das Trevas Ressurge, manteve seu costume de viver homens atormentados.

 
Curiosamente, os dois primeiros lugares ficaram com franceses. Omar Sy transborda carisma em Os Intocáveis a ponto de nos fazer esquecer dos conflitos étnicos que o seu país vive atualmente. Jean Dujardin, ganhador do Oscar de Melhor Ator neste ano, nos lembrou, em O Artista, como a pantomima, quando bem feita, pode ter mais força que mil palavras. Além disso, a simpatia de Dujardin contribuiu e muito para a defesa que o filme faz da "magia do cinema", que vive uma crise sem precedentes nestes tempos de YouTube e download em torrent.
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Diego Bauer

1 – Denis Lavant, por "Holy Motors"
2 – Rodrigo Santoro, por "Heleno"
3 – Jean Dujardin, por "O Artista"
4 – Ryan Gosling, por "Drive"
5 – Javier Bardem, por "007 – Operação Skyfall"

Comentário

Se não tive dificuldades em definir o meu top 5 de atrizes, o de atores foi, sem dúvida, o mais difícil de todos. Algumas atuações memoráveis ficaram de fora, e tenho a impressão de que se tivesse que mandar a lista agora ela possivelmente seria diferente. Portanto, como uma forma de respeito a quem ficou de fora vou iniciar com uma merecida lista de menções honrosas. Como são muitos, vou me segurar e tentarei não entrar em detalhes: Garrett Hedlund, por Na Estrada (com a criação brilhante de uma figura lendária como Dean Moriarty); Julio Andrade, por Gonzaga: De Pai Para Filho; Ben Foster, por 360; e um dos melhores atores brasileiros do momento, João Miguel, por À Beira do Caminho.

Feita a limpada de barra, vamos aos escolhidos.

 
Dificuldades a parte, o primeiro lugar já estava assegurado. Até porque não tinha como não colocar Denis Lavant como a melhor performance do ano, pelo seu assustador trabalho em Holy Motors. Interpretando muitos personagens, todos eles de forma visceral e cada um com complexas individualidades, Lavant se mostra como um ator completo, em um trabalho que precisa ser visto.

 
Heleno de Freitas é um grande personagem, e Rodrigo Santoro explora isso com maestria em Heleno, ao trazer o charme e a arrogância dos dias glórias, bem como a demência e amargura dos dias no hospício, com força e veracidade. Uma prova de que Santoro não precisa mendigar papeis em Hollywood para crescer na carreira. E já que falei de Hollywood, em seguida vem o vencedor do Oscar de melhor ator, Jean Dujardin, que traz charme e um trabalho de corpo bastante sofisticado para o papel, fazendo com que o seu prêmio seja merecido.

 
Em seguida, dois trabalhos completamente diferentes. A gelada interpretação de Ryan Gosling, em Drive, e a visceral e frágil de Javier Bardem, em 007 – Operação Skyfall. É realmente uma pena Tudo Pelo Poder não poder entrar na lista (o filme foi lançado em 23 de Dezembro de 2011 no Brasil), pois se pudesse Gosling ficaria com o segundo lugar, o que premiaria o momento de um dos atores mais interessantes de Hollywood. E seria um crime deixar o talentosíssimo Javier Bardem de fora, que traz uma feminilidade que agrega uma química ótima com o sisudo Bond de Craig, fazendo com que a apresentação de Silva (personagem de Bardem) seja uma das melhores cenas do cinema no ano.
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Renildo Rodrigues

1 - Michael Fassbender, por "Shame", Um Método Perigoso", "Prometheus" e "À Toda Prova"
2 - Joáo Miguel, por "Xingu" e "À Beira do Caminho"
3 - Ryan Gosling, por "Drive"
4 - Daniel Craig, por "Millenium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres" e "007 - Operação Skyfall"
5 - Gary Oldman, por "O Espião Que Sabia Demais"

Comentário

Afirmando, novamente, a riqueza e a variedade exibidas pelo cinema em 2012, a disputa de Melhor Ator consegue ser tão ou mais intensa que a das suas rivais femininas. Com o agravante de que a falta de nomes conhecidos é ainda mais evidente (apenas Brad Pitt – por O Homem da Máfia – e George Clooney – que continua em grande forma em Os Descendentes – se destacam), o que indica uma bem-vinda oxigenação na indústria do cinema, bem como a força das produções independentes.

 
A miopia de Hollywood acabou furtando ao Oscar o ator que trabalhou mais e melhor em 2012: Michael Fassbender. Elevando o nível de todos os projetos nos quais esteve envolvido (Shame, Um Método Perigoso, À Toda Prova, Prometheus), Fassbender teve um 2012 de sonho, do qual, porém, é plenamente merecedor: seja no papel de um homem atormentado pelo vício em sexo (Shame), como um novato e vacilante Carl Jung (Método) ou como o androide David (Prometheus), a qualidade e a versatilidade de seu trabalho impressionaram os fãs de cinema em 2012. Torço pra que ele continue nesse pique.

 
Outro que fez de 2012 o seu grande ano foi o brasileiro João Miguel. Seu trabalho em À Beira do Caminho e Xingu vem afirmar, de uma vez por todas, o enorme talento desse ator, que contribuiu de forma decisiva para colocar o Brasil na disputa. Quem chegou perto, entregando, talvez, a melhor atuação de sua carreira, foi Rodrigo Santoro, mas o filme – Heleno, sobre o ídolo do Botafogo – acabou deixando a desejar. Uma ausência lamentável foi a de Selton Mello, que, em 2012, apareceu somente em dois filmes medíocres – Billi Pig e Reis e Ratos. Irandhir Santos, com Febre do Rato, e Luca Bianchi, por Paraísos Artificiais, também entregaram boas atuações.

 
E outro dos grandes filmes de 2012 também é fruto, em grande parte, do empenho de seu protagonista: Ryan Gosling. Logo após entregar um impressionante Tudo pelo Poder (2011), o ator caprichou no mistério e na melancolia de seu herói sem nome em Drive. Além dele, as interpretações de Daniel Craig (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres e 007 – Operação Skyfall, que também tem o melhor coadjuvante do ano, Javier Bardem) e do veterano Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais) deram maior brilho e inteligência aos thrillers feitos este ano.

Outros atores que merecem a lembrança: Michel Piccoli (Habemus Papam, a melhor atuação do também veterano ator, num filme que é frustrantemente falho), Peyman Moaadi (A Separação), Garrett Hedlund (On the Road – Na Estrada), Tom Hardy (Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge), Channning Tatum (Magic Mike), Andrew Garfield (O Espetacular Homem-Aranha) e Jean Dujardin (O Artista).

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Como Funciona nosso Sistema Para o Resultado Final

Cada um dos quatro críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 5`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
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Próximas Listas do Cine SET


Quarta-Feira (26/12) – Melhor Diretor

Quinta-Feira (27/12) – Melhor Atriz
Sexta-Feira (28/12) – Melhor Ator
Sábado (29/12) – Pior Filme
Domingo (30/12) – Melhor Cena
Segunda-Feira (31/12) – Melhor Filme